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19 de outubro de 2011

LIXO dos EUA: Comerciantes do pólo da sulanca acusados de vender tecidos com manchas de sangue

Em mais um dia de inspeção na fábrica Toritama, no Agreste, que importou dois contênieres com lixo hospitalar, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) voltou a encontrar tecidos com manchas suspeitas de serem de sangue. Diferentemente da primeira vistoria, a Apevisa priorizou lençóis e fronhas com inscrições de hospitais e entidade norte-americanas, para caracterizar que o material foi mesmo descartado por hospitais. E não poderia ter sido utilizado novamente. O proprietário da empresa têxtil investigada por importar lixo hospitalar trabalha há, pelo menos, 11 anos com a importação dos Estados Unidos de “tecidos de algodão com defeito”, mesma descrição da carga dos dois contêineres interceptados na semana passada, no Porto de Suape.


Na inspeção da última sexta à instalação de Santa Cruz do Capibaribe, um dos funcionários da fábrica disse que os 13 trabalhadores não sabiam que manuseavam lixo hospitalar. Não usavam, inclusive, materiais de proteção, como luvas. Além dos dois contêineres interceptados no Porto de Suape com 46 toneladas de lixo hospitalar, a empresa importou mais 14 contêineres, totalizando 322 toneladas do mesmo tipo de carga. A empresa foi interditada pena Apevisa por 90 dias. A entidade sustenta que outras seis cargas do mesmo material já teriam sido descarregadas em Pernambuco.

PERÍCIA

Os 15 quilos de tecidos descartados por hospitais norte-americanos e apreendidos como amostra pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) em galpões de uma fábrica têxtil em Toritama e Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste pernambucano, serão encaminhados na manhã desta segunda (17), ao Instituto de Criminalística de Pernambuco para serem periciados. O objetivo é comprovar se as manchas encontradas nos tecidos são realmente de sangue e secreções humanas, como desconfiam os técnicos. Confirmada a identificação, a empresa Império do Forro de Bolso (cuja razão social é Na Intimidade Ltda) poderá ser multada em até R$ 1,5 milhão e ser interditada definitivamente por importar lixo hospitalar altamente infectante.

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