Vou-me embora pra Brogodó, lá serei amigo do Rei, não do rei falso, hipócrita e ganancioso, mas do Rei verdadeiro, amigo e sincero. No meu matolão levarei pouca coisa, alguns apetrechos e saudade. Saudade daqueles que apesar dos meus defeitos, souberam me amar Construirei uma cabana de frente pra cachoeira, no ponto mais alto da serra, com uma visão completa do nascer do dia, do por do sol e da lua cheia. Não vou precisar de energia elétrica, terei a claridade da lua, das estrelas e dos meus amigos vaga-lumes. À noite, sentado no meu banco de madeira, sob o olhar atento da coruja, conversarei com o Rei, ouvirei os seus conselhos e farei um relato completo do meu dia. Despertarei com a sinfonia dos pássaros. Sob a batuta do maestro galo-de-campina, o sol lançará sobre o torrão os primeiros raios. Até o anu preto com seu jeitão desengonçado estufará o peito para celebrar mais um dia. Não vou precisar de telefone, televisão, nem de internet, levarei apenas um radinho de pilhas para ouvir as notícias do outro mundo, mas isso de forma esporádica - cansei de tanto barulho. Vou fugir da violência, das injustiças sociais, da falta de amor ao próximo. A mãe natureza me convida para viver em harmonia com meus irmãos animais, alguns chamados de selvagens, mas que só agridem em prol da sobrevivência. |
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19 de agosto de 2011
VOU-ME EMBORA PRA BROGODÓ
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