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8 de dezembro de 2011

Ministério Público denuncia funqueira que tentou queimar o pinto do marido




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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou, nesta quinta-feira (1º), a funkeira Verônica Costa pelo crime de tortura contra o ex-marido, Márcio Costa. No dia 23 de novembro, a “mãe loura do funk”, como Verônica é conhecida, já tinha sido indiciada pela polícia pelo mesmo crime. A informação foi confirmada pela assessoria do próprio MP-RJ.
De acordo com o MP, outras quatro pessoas, parentes da funkeira, também foram denunciados pelo mesmo crime. O Ministério também requereu judicialmente a “proibição do contato dos agressores com a vítima e testemunhas/informantes indiciadas, sob pena de decretação de prisão preventiva, bem como o comparecimento mensal dos denunciados na sede do juízo para informar e justificar suas atividades”.
Na noite do dia 22 de fevereiro, o marido de Verônica prestou queixa na delegacia. A funkeira nega e acusa o marido de ter chegado já machucado em casa, sob o efeito de drogas. Em 15 de março, Márcio apresentou um laudo que mostra resultado negativo para indícios de maconha e cocaína em seu sangue.
Ainda de acordo com o MP, a versão apresentada pelos denunciados foi descartada após análise de dados obtidos pela quebra de sigilo telefônico.
Relembre o caso
No dia 4 de março, Márcio Costa voltou à 42ª DP (Recreio) para prestar um novo depoimento de quase 8 horas de duração.
Ele teve alta médica do Hospital Pasteur, no Méier, na Zona Norte do Rio, no dia 2 de março. “Não tinha dúvida que eles iam me matar”, disse ele, na ocasião. Verônica nega as acusações e acusa o marido ainda lhe ter roubado computadores e câmeras. Márcio também negou todas as acusações da funkeira e reafirmou que foi torturado por mais de 20 horas.
Márcio foi submetido a uma cirurgia, em 28 de fevereiro, no Hospital Pasteur, no Méier, na Zona Norte do Rio, para raspagem da pele morta devido às queimaduras de segundo grau que sofreu em várias partes do corpo.
Queimaduras e afogamento
Ainda de acordo com Márcio, no dia em que foi agredido, ele e Verônica voltaram de uma reunião de trabalho no Centro do Rio. Ele teria sido visto pelo porteiro. O casal, então, teria jantado e, durante a refeição, segundo ele, ela se manteve no celular, afirmando que estava vendo e-mails.
“Depois entraram os parentes dela no quarto e amarraram corda no meu braço, corrente e cadeado. Ela passou a atadura na minha boca e nos meus olhos. Me levaram para o banheiro e ela fazia perguntas sobre minha amante. Eu disse que não tinha amante. Cada vez que eu falava que não, ela me agredia. Começou a falar de roubo de dinheiro. Aí eu falei que não tinha pego dinheiro. Ela jogou gasolina no meu corpo, rosto e na minha parte íntima”, contou ele, afirmando ainda que Verônica mandou os parentes o afogarem.
“Na terceira vez que me afogaram, eu comecei a concordar com ela para não morrer. Ela falava o tempo todo que ia me matar. Depois que o dia amanheceu, saímos do banheiro e me desamarraram. Eu disse que ia buscar água na cozinha e consegui fugir pelo quarto de hóspedes”, completou ele.
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Márcio Costa no hospital 

Fonte: G1

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