QUANDO A MUIÉ QUÉ…
Um fazendeiro ia indo a pé para sua fazenda lá pros cafundó de Juizdifora, MG.
No caminho, comprou um balde, um galão de tinta, dois frangos e um ganso,
todos os animais vivos.
Quando saiu da loja, parou e ficou matutando sobre como levar as compras para casa.
Enquanto coçava a cabeça, apareceu uma mulher que lhe perguntou como chegar
até a Fazenda Beraba do Norte...
- Bem, diz o fazendeiro, a minha fazenda fica perto desse sítio. Eu podia te levá até lá,
mas ainda não resolvi como vou carregá isto tudo aqui, ó…
A mulher pensou um pouco… e sugeriu:
- Cê coloca o galão de tinta dentro do barde, carrega o barde numa mão,
o ganso na outra mão e um frango debaixo de cada braço.
- É mêmo. Brigado! Disse o homem. Boa idéia.
A seguir, partiram os dois pela estrada.
No caminho, ele disse:
- Óia, vamo cortá caminho e pegá este ataio pelo mato, que vamo economizá muito tempo.
A mulher o olhou cautelosamente e disse:
- Eu tô sozinha e não tenho como me defendê.
Como vou sabê se quando a gente entrá no mato ocê não vai avançá em cima de mim,
levantá minha saia, arriá minha carcinha e abusá de mim?
- Uai sô !!! Eu tô carregano um barde, um galão de tinta, dois frango e um ganso.
Como eu ia fazê isso cocê com tanta coisa nas mão?
Se eu sortá o ganso e os frango, eles foge tudo…
- Muito simpres, uai: ocê coloca o ganso no chão, pôe o barde de boca prá baixo em cima dele,
coloca o galão de tinta prá pesá em cima do barde, sô.
- Mas, e os dois frango, muié ?
- Eu seguro, uai !!!
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