
Quantas vezes por dia praguejamos situações que vivenciamos? Quantas vezes nos irritamos com aqueles que nos incomodam e nos atrapalham? Nos sentimos vítimas das outras pessoas mal-educadas e más, vítimas da vida dura e cruel, da lei de Murphy e do azar.
Algumas pessoas atraem o mesmo padrão de situações e pessoas em suas vidas. Trabalhos que pagam bem, mas não trazem satisfação. Aquele chefe autoritário que grita o tempo todo. Aquele companheiro de trabalho com o qual existe uma antipatia mútua, ou que quer sabotar o outro a qualquer custo. A mulher que atrai situações de assédio sexual dos colegas ou do chefe. Essas pessoas não são vítimas e essas situações podem representar mais que simples azar ou inabilidade. Muitas vezes, crenças, sentimentos ou padrões inconscientes determinam suas escolhas, levando aos mesmos resultados repetidamente. E por não saber o que realmente motiva essas escolhas, cria-se um sentimento de impotência diante das situações. Na realidade, elas apenas refletem algum aspecto interior que precisa ser trazido à consciência e harmonizado. Portanto, as circunstâncias vividas não são sinais de castigo, mas de esperança, de algo que precisa ser mudado para modificar a realidade.
Todas as pessoas e situações em nossas vidas nos mostram algo em nós mesmos que precisamos trabalhar e aprimorar. São como professores que vem nos ensinar, muitas vezes apenas despertando certos sentimentos dentro de nós, que podem ser agradáveis ou desagradáveis.
Antes de sentir raiva e culpar o outro ou a vida por nos fazer sentir mal, pensemos primeiro: o que a pessoa ou situação veio nos mostrar?
Aprenda quais reflexões você pode fazer quando algo ou alguém o desagradar
Reflita:
Por que tal pessoa ou situação despertou em você esse sentimento desagradável?
A que característica ou questão sua está relacionada esse sentimento? Esta situação remete você à outra ocasião ou sentimento parecido em minha vida?
Em qual ponto fraco ela está tocando? Identifica possíveis origens deste ponto fraco? Compreende e perdoa a pessoa ou situação, e principalmente a você mesmo?
O chefe autoritário que grita pode estar evidenciando o nosso próprio padrão de autoconfiança, constatado em nosso comportamento quando demonstramos falta ou excesso de auto-estima. E as relações difíceis com colegas de trabalho podem chamar nossa atenção para nossa capacidade e maneira de nos impor: passiva e tolerante demais ou agressiva e intolerante.
Pode não ser muito claro no início, mas ao observarmos constantemente nossas atitudes e sentimentos, enxergaremos por trás das situações aparentes, obtendo cada vez mais pistas. Assim, temos a oportunidade de desconstruir esses padrões e crenças desarmônicos que nos aprisionam a situações desagradáveis.
Não são os outros que pisam em nossos "calos". Somos nós mesmos quem deixamos passar despercebidas algumas questões - e por isso elas se tornam "calos". As situações e pessoas vêm apenas nos auxiliar, mostrando o que estamos ignorando, e nos ajudando a nos conscientizar e a nos curar. Pode parecer estranho, mas da próxima vez que estiver diante de uma situação ou pessoa desagradável, pergunte-se o que ela veio lhe ensinar. E agradeça pela cura que ela oferece a você!
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