Depois de subir 13,42% este ano, o preço do álcool deve continuar em alta. As distribuidoras alegam que, só nas últimas quatro semanas, o litro do etanol já subiu 21,8% no atacado e esse aumento ainda não foi integralmente repassado para as bombas.
Demanda aquecida, desvio de parte da produção das usinas para o açúcar (em detrimento do álcool) e as chuvas recentes que atrasaram o início da safra têm puxado o valor do combustível que, em alguns postos do Rio, já chega a custar R$ 2,797.
E, de carona na alta do álcool, a gasolina já subiu 2,35% este ano - custava R$ 2,638 em dezembro e, na média deste mês, o litro já está em R$ 2,70, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP) até o último dia 26.
Os dados da ANP mostram que, para quem tem carro flex, o álcool deixou há muito tempo de ser vantajoso. Na média nacional, o litro do etanol já custa 81,9% do preço da gasolina (R$ 2,194, contra R$ 2,677 na última semana). Como rende menos, o álcool tem que custar no máximo 70% do preço da gasolina para ser competitivo. E há postos em que essa relação chega a 92,9%.
- Em nenhum estado do Brasil compensa usar o álcool, que está com um valor elevadíssimo. Nunca, desde que surgiu o Próalcool, o produto teve um preço tão próximo ao da gasolina. O consumo (de álcool) vinha forte e a oferta, por uma série de motivos, não estava sendo suficiente. Se não aumentasse o preço, iria faltar álcool - disse o presidente da Federação do Nacional do Comércio de Combustíveis (Fecombustíveis), Paulo Miranda.
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