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WEB RÁDIO

8 de novembro de 2010

Cientistas estudam interação entre mãe e filho para criar robôs com habilidades sociais






Psicólogos estudaram relação delas com crianças entre um e seis meses enquanto brincavam

Diego-san vai ajudar pesquisadores a entender como os bebês
humanos aprendem e se desenvolvem ao interagir com suas mães.

Para ajudar a desvendar os mistérios do desenvolvimento da aprendizagem humana, psicólogos da Universidade de Miami, nos Estados Unidos, e cientistas da computação da Universidade da Califórnia, também naquele país, estão estudando as interações entre mãe e filho para criar um robô bebê capaz de aprender habilidades sociais.

A primeira fase do projeto estudou as interações cara a cara entre mãe e filho, para entender o grau de previsibilidade da comunicação e o que os bebês precisam fazer de forma intencional. Os cientistas examinaram 13 mães e seus bebês, entre um e seis meses, enquanto eles brincavam durante intervalos semanais de cinco minutos.

A cada dia, foram realizadas 14 sessões, que foram gravadas. Os pesquisadores usaram uma abordagem interdisciplinar para entender o comportamento deles. Os psicólogos descobriram que, durante os seis primeiros meses de vida, os bebês desenvolvem habilidades de troca de turno, o primeiro passo para interações mais complexas.

De acordo com o estudo, bebês e suas mães descobrem juntos um padrão em suas brincadeiras, que se torna mais estável e previsível com a idade, explicou Daniel Messinger, principal pesquisador da pesquisa. Segundo ele, “à medida que os bebês ficam mais velhos, desenvolvem um padrão com suas mães”.

- Quando o bebê sorri a mãe também sorri. Depois, ele para de rir e ela também. Aí, ele aprende a esperar que alguém reaja de uma maneira específica. Às vezes, ele aprende a responder para a mãe.

A próxima fase do projeto deverá usar a descoberta para programar um bebê-robô, com habilidades sociais básicas e com capacidade para aprender interações mais complicadas. O nome do robô é Diego-san. Ele tem 1,3 m de altura e foi modelado a partir de um garoto de um ano de idade. A construção de Diego-san foi resultado da associação entre a empresa Kokoro Dreams e o Laboratório de Percepção da Máquina da Universidade de San Diego.

O robô terá de mudar o olhar de pessoas para objetos, com base nos princípios que os bebês de carne e osso parecem usar para brincar e se desenvolver. Segundo Messinger, uma descoberta importante é observar quanto tempo um bebê olha para algo, não para o que está olhando.

O processo é de mão dupla. Os bebês ensinam os pesquisadores como programar o robô e, ao treiná-lo, eles passam a entender melhor o desenvolvimento do comportamento humano, explica Paul Ruvolo, estudante de ciência da computação da universidade de San Diego e coautor do estudo.

Futuramente, o robô permitirá aos cientistas entender o que motiva os bebês a se comunicar e ajudará a responder algumas dúvidas sobre o desenvolvimento do aprendizado humano.

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