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25 de maio de 2010

Candidatos – um pé em cada religião, dois olhos em cada eleitor


Todo ano eleitoral é a mesma coisa: os candidatos vão à missa, recebem os pais de santo do candomblé, participam de cultos evangélicos e romarias.
Dilma Rousseff, por exemplo, chegou ao ponto de começar o dia numa missa na Catedral de Brasília e, no início da noite, estava reunida com os pais de santo.
José Serra, do PSDB foi a Juazeiro para um encontro com os tucanos, mas não deixou de fazer a sua “pregação” ao pé da estátua de Padre Cícero.
Em 1994, o então candidato Fernando Henrique Cardoso foi parar num culto evangélico em Cuiabá (MT), onde, com a mão direita erguida, bradava “Aleluia”, como se estivesse se convertido àquela fé.
Os próprios políticos, no entanto, duvidam que essa fé de momento funcione na hora do voto. Por isso, muitos já trabalham em busca de espaço nas igrejas há algum tempo.
Num estado que exala sincretismo religioso como a Bahia, o deputado Geddel Vieira Lima, candidato a governador pelo PMDB, tem um pé em cada religião. Ele tem o apoio do PSC, braço da igreja evangélica. Edivaldo Brito, vice-prefeito de Salvador, é ligado ao Candomblé. Ele, Geddel, é católico. “A Bahia é uma miscigenação. Não faço da minha fé, católica, instrumento de capitalização de votos. O que conta é projeto de governo e estrutura”, afirma.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, lidera um estado onde a religiosidade da população é grande. E assegura que, em termos de eleição majoritária, não é por aí que a máquina de contar votos é acionada. “Isso pode funcionar para eleger um ou outro deputado, mas, numa eleição majoritária, não cola. A pessoa escolhe o candidato por aquilo que considera que será melhor para sua cidade, para a sua vida. E não levando em conta qual a igreja que o candidato frequenta”, comenta.

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