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WEB RÁDIO

31 de maio de 2010

Mancha de óleo no Golfo ameaça se espalhar ainda mais






VENICE, Estados Unidos (Reuters) - O petróleo que vaza de um poço da British Petroleum (BP) no Golfo do México pode ameaçar na semana que vem as costas do Mississippi e do Alabama, disseram meteorologistas nesta segunda-feira, enquanto cresce a irritação da opinião pública ao acidente.

Funcionários do governo dos Estados Unidos e da BP alertam que o vazamento talvez só seja contido em agosto, naquele que já é o pior acidente desse tipo na história do país, superando o desastre do navio Exxon Valdez em 1989 no Alasca.

O secretário de Justiça norte-americano, Eric Holder, vai se reunir na terça-feira com procuradores federais e estaduais em Nova Orleans. Será a primeira visita dele para avaliar os danos antes de uma possível investigação criminal sobre o caso.

As Bolsas de Londres e Nova York estavam fechadas devido a um feriado. Na Bolsa de Frankfurt, os papéis da empresa tiveram uma queda de 7 por cento, cotados em torno de 5,40 euros (6,62 dólares), refletindo a notícia de que fracassou no fim de semana a tentativa de "sufocar" o vazamento com lama.

Desde o início do vazamento, há 41 dias, a empresa já perdeu cerca de um quarto do seu valor de mercado, o equivalente a 42 bilhões de dólares.

O acidente provoca graves prejuízos econômicos e ambientais na costa sul dos EUA. A pesca e os manguezais da Louisiana foram os mais atingidos até agora, mas meteorologistas disseram que ventos moderados de sul e sudoeste nesta semana podem começar a levar a mancha de óleo para mais perto do delta do Mississippi.

No seu boletim para as próximas 72 horas, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) disse que a mancha pode se deslocar para o norte e atingir os arrecifes na costa do Mississippi e Louisiana até quinta-feira.

O grupo intitulado Seize BP (confisque a BP), que já realizou protestos contra a empresa, disse nesta segunda-feira que irá organizar manifestações em mais de 50 cidades dos EUA de quinta a sábado.

O grupo exige o confisco imediato do patrimônio da BP, para a criação de um fundo de indenização pelo acidente, que começou com a explosão e naufrágio de uma plataforma petrolífera no local, com saldo de 11 mortes.

"O maior dos desastres ambientais sem um fim à vista! Onze trabalhadores mortos. Milhões de galões (litros) de petróleo jorrando nos próximos meses (e possivelmente anos). Empregos sumindo. Criaturas morrendo. Um ambiente intocado destruído por gerações. Uma megacorporação que mentiu e continua mentindo, e um governo que se recusa a proteger as pessoas", disse a Seize BP em nota.

(Reportagem adicional de Blaise Robinson, em Paris; de Katharine Jackson, em Nova Orleans; de Jeremy Pelofsky, em Washington; de Pascal Fletcher, em Miami; e de Chris Baltimore, em Houston)

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