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WEB RÁDIO

11 de agosto de 2010

Brasil virou a República dos Concursos







A notícia de que os salários do STF poderia ir para mais de R$ 30 mil está animando a elite do funcionalismo público, formada por bacharéis em direito.
Parte significativa dos cargos é reajustada quando o salário dos Ministros do STF sobem, porque o teto destas categorias varia de acordo com os vencimentos dos ministros. Lépido como um raio, estes órgãos aumentam quase que imediatamente os salários, onde normalmente o piso é igual ao teto. Um salário de Juiz do Trabalho, por exemplo, tem o teto de 90% do salário do Ministro do STF. Mas este também é o piso. Todos recebem isso.
Os altos salários de algumas carreiras do serviço público está gerando uma enorme distorção no mercado de trabalho brasileiro, com reflexos na produtividade dos recém-formados. Atualmente centenas de milhares de jovens, ao invés de estarem produzindo, estão parados estudando para algum concurso. Passam de um a dois anos sem nenhuma produção, seja física ou intelectual, a não ser a decoreba necessária para “passar em um concurso”, seja ele qual for. A regra de escolha varia entre a “paga muito e trabalha pouco” a “satisfação pessoal com a profissão”.
Ao fim dos dois anos de estudo, quase nada foi acrescentado ao candidato, que já teve 5 anos para ser formado. No fim estamos aumentando o tempo de escolaridade superior do cidadão, de 5 para 7 anos, sem que isso se reflita em melhoria intelectual.
Temos que lembrar que o mérito de um formando em uma universidade pública, por exemplo, não é apenas dele. Sua estada por lá custou à sociedade dezenas de milhares de reais, e sua contribuição esperada é o trabalho, não necessariamente no serviço público.

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