caminhando a passos lentos
Alguns meses atrás Armando Monteiro inaugurou sua estratégia para comunicação na internet. Nesta terça é a vez de Raul Jungmann lançar o seu portal. Mas estes são casos isolados de utilização da internet para relacionamento com eleitores pernambucanos.
Pelo que percebi até agora de Armando Monteiro, é sua assessoria que utiliza a internet para se comunicar. Caso bem diferente de parlamentares de destaque de outros Estados, como Aloisio Mercadante ou ainda o Governador José Serra, que gosta de ficar no Twitter debatendo com eleitores.
Jungmann já utiliza mais seu Twitter, e dá para acreditar que ele mesmo é quem estará se dispondo a alimentar o debate, sendo mais ativo. Dos parlamentares pernambucanos, vejo que os mais assíduos na net são alguns deputados estaduais, como Terezinha Nunes e Augusto Coutinho. Edilson Silva, Paulo Rubem e Luciano Siqueira também são assíduos no Twitter.
O portal que Jungmann inaugura hoje é semelhante ao de Armando Monteiro, com boa interatividade. Além da parte institucional, tenta chamar o eleitor para o debate. Se vai ser bem sucedido ou não, o tempo irá dizer. Na verdade a interação não é uma coisa fácil. Mesmo o Acerto de Contas ainda tem dificuldades com algumas ferramentas, especialmente o Twitter, onde ainda não pensamos em uma estratégia eficaz.
A utilização da internet por parte dos políticos brasileiros teve como precursor o ex-prefeito Cesar Maia, que inaugurou um blog muito popular. Foi incompreendido à época, mas o tempo provou que estava certo. Já a candidatura de Gabeira à Prefeito do Rio é o único caso de utilização em massa da internet para alavancagem de um candidato. E deu resultado.
O perfil do candidato também depende muito do sucesso da interação via internet. Candidatos com eleitorado de perfil mais jovem tendem a interagir de maneira mais eficaz. Aqui em Pernambuco alguns políticos estão perdendo a chance de interagir com mais eficácia, que é o caso de JPLS, Eduardo Campos e Raul Henry, que possuem um perfil mais despojado.
Uma coisa é certa: esse é o caminho para baratear a eleição. Só quem ainda não viu foi nosso Congresso, que insiste em regular algo sem controle.
Vai aprender da pior forma possível: com o desrespeito à Lei.
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