Um grupo de pesquisadores de vários países mostrou em um estudo que a recente pandemia de gripe suína ocorreu graças a uma “artimanha biológica” que faz o vírus Influenza H1N1 se espalhar de forma mais eficiente em humanos.
A pesquisa amplia o repertório de fatores já conhecidos dos vírus da gripe que podem ser usados para sequestrar uma célula hospedeira e amplificar a infecção em mamíferos, incluindo humanos. A descoberta não somente traz uma nova visão sobre a biologia da gripe, mas também revela outro marcador genético que pode ser usado por autoridades de saúde para prever pandemias.
O vírus H1N1 é uma combinação de quatro diferentes vírus da gripe aviária e suína que então surgiu durante os últimos 90 anos e ainda inclui resíduos do vírus pandêmico de 1918 que matou pelo menos 20 milhões de pessoas.
Normalmente, a presença de dois aminoácidos (moléculas que formam as proteínas) chamados lisina e asparagina em locais específicos são necessários para um vírus da gripe ser transmitido de um animal hospedeiro e se replicar eficientemente em células humanas. Pesquisas anteriores, no entanto, mostravam que o vírus H1N1 não tinha esses dois blocos de aminoácidos, o que representava um enigma para os cientistas.
Segundo Yoshihiro Kawaoka, professor da Universidade de Tóquio, o novo estudo descobriu que o aminoácido de lisina está presente em um local completamente diferente na proteína e é responsável pela capacidade do vírus H1N1 de se adaptar e cooptar as células humanas.
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Do R7
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