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26 de novembro de 2009

Partidos discutem alianças ou candidaturas próprias para 2010




A dificuldade de repetir nos estados, em 2010, a aliança nacional de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o crescimento de nomes da própria base nas pesquisas eleitorais sobre sucessão presidencial têm levado os partidos da base fora do eixo PT-PMDB a cobrar maior discussão sobre as candidaturas para as próximas eleições.
Este é o caso, por exemplo, do PSB, que vê o nome do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) crescer nas últimas pesquisas de opinião, como a da CNT/Sensus, divulgada ontem (23).
O senador Renato Casagrande (PSB-ES) afirmou nesta terça-feira, à Agência Brasil, que a candidatura própria está consolidada no partido. O PSB, agora, disse ele, terá que conversar com outras legendas para amarrar uma aliança em torno de Ciro Gomes que permita dar ao eventual candidato um espaço maior de propaganda política na televisão e no rádio. A decisão, no entanto, só poderá ser tomada em março e, até lá, o momento é de muita conversa entre prováveis aliados, conforme destacou Casagrande.
Aliado histórico do PT, o PCdoB defende a maior união possível em torno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) ressalta que esta "união", necessariamente, não passa por uma eventual candidatura da ministra Dilma Rousseff, apesar de reconhecer que ela já foi "ungida" por Lula.
O comunista ressaltou que, neste momento, o partido conversa com todos os prováveis candidatos dentro da base governista, como é o caso do deputado Ciro Gomes. "Os nomes estão postos, como a Dilma e o Ciro, e temos que ter sensibilidade sobre isso", afirmou Inácio Arruda.
No PDT, as dificuldades de compor a aliança nacional em torno de Dilma Rousseff residem nos acordos estaduais, afirmou o líder trabalhista no Senado, Osmar Dias (PR). Ele citou como exemplos os estados como o Rio Grande do Sul, Maranhão e Espírito Santo, além do seu próprio. Pré-candidato ao governo numa aliança com o PT, Osmar Dias disse que só lançará sua candidatura se os petistas lhe garantirem apoio efetivo na campanha, e não apenas formal, para ganhar o tempo na televisão e no rádio reservado ao PDT.

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